- Considerando que devem voar livremente e por conta do belo gorjeio são aprisionados, creio sim que são merecedores de compaixão.
- Não, sinto pelos que estão indefesos na mata, principalmente quando chove. Os das gaiolas estarão confortáveis.
Um tanto intrigado com a observação da dona de casa, o pedestre seguiu seu caminho tão calado; defensor da fauna e flora, aprendeu que as aves enfeitam as florestas, bosques ou jardins; felizes elas são sob a água que cai das nuvens e valem-se da plumagem impermeável para o banho a todo momento.
Estava enganado!
Pássaros não gostam de muita água!
Mudou de conceito no dia em que estava no interior da densa mata da Serra Paranapiacaba e foi surpreendido pela forte chuva repentina. Natural do lugar, encontrou abrigo na gruta de pedra. Desprotegidas ficaram as aves!
- Nada sei!!
Animais escutaram o seu brado de desabafo. O temporal deixou um rastro quilométrico de destruição, ninhos foram lançados a distância com a queda das aves, incalculável foi o saldo de mortos, feridos e desabrigados. Nos dias que se seguiram, fêmeas procuravam ainda proteger os ovos em troncos desgalhados. Serviram-se os predadores. Em seu dia de revolta a natureza castigou penugens e plumas. O vento levou as penas para o espaço.
*Dona Vilma tem razão:
- Que pena dos pássaros.
É desnecessária a interferência do homem no ecossistema; a natureza se encarregará do equilíbrio ecológico.
*Moradora que acolhe os malucos do "Lâminas" e tantos amigos em sua casa, sem ela, o projeto não teria o mesmo sabor, aliás já estamos dando volta ao mundo. Morram de inveja! HE! HE! HE!
Indião - Neusir
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